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Indicadores econômicos

Para obter as previsões mais recentes sobre os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus, consulte a plataforma de rastreamento de Respostas Políticas para COVID-19 do FMI para as principais respostas econômicas dos governos.

O Chile é tradicionalmente considerado um modelo na América Latina de transparência financeira e política. Além disso, é uma das economias que mais cresceu na região na última década, permitindo a redução da pobreza no país. Porém, o Banco Mundial estima que a crise da COVID-19 pode reverter anos de crescimento na classe média chilena, reduzindo seu tamanho para cerca de 2 miilhões de pessoas somente em alguns meses e empurrando a nova classe média de volta à pobreza. Ainda assim, em 2022, o PIB do Chile cresceu, porém em um ritmo mais desacelerado do que no ano anterior, alcançando cerca de 2%. Essa desaceleração no crescimento aconteceu pois o consumo interno foi reduzido, por causa de condições financeiras mais apertadas, da retirada das medidas de apoio relacionadas à pandemia e por causa do aumento da inflação. Nos próximos anos, a economia chilena deverá oscilar entre crescimento e retração, com o FMI prevendo contração do PIB de 1% em 2023 e crescimento de 2% em 2024.

A balança do governo fechou em -2,6% do PIB em 2022, seguindo uma forte resposta fiscal à pandemia da COVID-19. No entanto, a atual proposta orçamentária do Chile visa uma redução significativa do déficit nos próximos dois anos, com o saldo geral do governo projetado para cair para -2% em 2023 e -1,4% em 2024. A dívida bruta do governo foi estimada em 36,2% do PIB em 2022, deverá subir para 36,9% em 2023 e 37,8% em 2024. No entanto, o governo pretende estabilizar a dívida no médio prazo. De acordo com estimativas do FMI, a inflação atingiu 11,6% em 2022 e deverá cair para 8,7% em 2023 e 4,1% em 2024. A inflação deve melhorar com as medidas de austeridade fiscal anunciadas pelo Tesouro, principalmente devido aos cortes de gastos de 1,6% do PIB nos próximos quatro anos. Apesar dos esforços recentes para diversificar sua economia, o Chile continua vulnerável aos preços internacionais do cobre, à demanda internacional (particularmente da China), riscos climáticos e sísmicos, P&D inadequados, rede rodoviária e rede de energia vulneráveis, altos preços de energia e um sistema educacional precário (Coface) . A perspectiva de longo prazo para os preços do cobre, portanto, tem efeitos cascata de longo alcance para o emprego, salários, receita do governo e renda nacional no Chile, de modo que a principal questão a ser enfrentada pelo governo para reviver o crescimento econômico é reforçar cooperação comercial com novos parceiros comerciais, particularmente na Ásia.

A taxa de desemprego relativamente alta do Chile diminuiu ligeiramente para 7,9% em 2022, influenciada principalmente pelos setores de construção, comércio e transporte, que se recuperaram após a pandemia. Além disso, o FMI espera que a taxa de desemprego aumente em 2023 para 8,3% e, em 2024, permaneça estável em 8,2%. O país tem o maior PIB per capita da região (14.772 dólares; Coface), mas também altos níveis de desigualdade e informalidade (OCDE). Os fatores de disparidade de riqueza incluem o atual sistema tributário que prejudica principalmente as classes de renda baixa e média. O Chile investiu fortemente em energia renovável, que deverá representar até 20% de sua geração de energia até 2025.

 
Indicadores de crescimento 20222023 (E)2024 (E)2025 (E)2026 (E)
PIB (bilhões de USD) 300,73344,40354,47372,49390,40
PIB (crescimento anual em %, preço constante) 2,4-0,51,62,32,4
PIB per capita (USD) 15.16617.25417.64718.43419.210
Saldo do Balanço de Pagamentos (em % do PIB) -1,9-3,4-2,3-1,8-1,2
Dívida Pública (em % do PIB) 38,038,441,242,442,6
Índice de inflação (%) n/a7,83,63,03,0
Taxa de desemprego (% da população economicamente ativa) 7,98,89,08,68,0
Balanço das transações correntes (bilhões de USD) -27,10-12,00-12,91-13,03-12,73
Balanço das transações correntes (em % do PIB) -9,0-3,5-3,6-3,5-3,3

Fonte: IMF – World Economic Outlook Database, October 2021

Principais setores econômicos

O Chile é um dos países mais industrializados da América Latina e algumas das suas principais atividades econômicas são a exploração de minérios (cobre, carbono e nitrato), os produtos manufaturados (processamento agroalimentar, produtos químicos, madeira) e a agricultura (pesca, vinhas e frutas). O setor industrial do Chile contribuiu com 31,7% do PIB e empregou 22,3% da força de trabalho da população. O setor de mineração é um dos pilares de sua economia, principalmente devido às grandes reservas de cobre que faz o pais o maior produtor de cobre do mundo, responsável por mais de um terço da produção mundial. Em 2022 a produção industrial por causa da queda da produção do bronze que, por sua vez, foi provocada pela qualidade de minério abaixo do padrão, problemas de mão de obra e escassez de água.

De acordo com os últimos dados do Banco Mundial, o setor agrícola contribuiu com 3,3% do PIB e empregou 9% da população ativa. A agricultura e a pecuária são as atividades nas partes central e sul do país. A exportação de frutas e vegetais alcançaram recorde históricos devido a uma estratégia deliberada implementada na década de 1990, tendo como alvo os mercados europeu, norte-americano e asiático. O Chile é um dos maiores produtores de vinho do mundo. Sua localização no Hemisfério Sul permite que ofereça frutas fora da estação para países do Hemisfério Norte. Em 2022, contudo, as secas no norte do país - região com áreas agrícolas importantes - impactaram negativamente o setor agropecuário.



O setor de serviços contribui com 54,6% do PIB e emprega cerca de 68,8% da população. A economia chilena enfrenta três principais desafios: superar sua dependência tradicional em relação ao preço do cobre (a produção de cobre representa 50% das exportações do país); desenvolver uma produção de alimentos autossuficiente (atualmente, a produção agrícola cobre menos da metade das necessidades internas); e aumentar sua produtividade, especialmente no setor da mineração.
 Nas últimas décadas, o setor tem estado em constante crescimento, sustentatado pelo rápido desenvolvimento das comunicações e tecnologias da informação, pelo acesso à educação e o aumento nas habilidades e conhecimentos especializados da força de trabalho. Entre os setores de maior crescimento nos últimos anos estão o turismo, varejo  e telecomunicações. Embora as restrições impostas para conter a pandemia tenham tido um forte impacto nos serviços, o setor registou um crescimento geral em 2022, com a recuperação impulsionada principalmente pela educação, saúde, comércio, restaurantes, hotéis e transportes.

 
Divisão da atividade econômica por setor Agricultura Indústria Serviços
Emprego por setor (em % do emprego total) 6,6 23,0 70,4
Valor agregado (em % do PIB) 3,5 32,0 54,3
Valor agregado (crescimento anual em %) 0,1 -1,7 5,2

Fonte: World Bank, Últimos dados disponíveis. Devido ao arredondamento, a soma das percentagens pode ser superior / inferior a 100%.

 

Obtenha mais informações sobre o seu setor de atividade em nosso serviço Estudos de mercado.

 
 
 

Indicador de liberdade econômica

Definição

O indicador de liberdade económica mede dez componentes da liberdade económica, divididos em quatro grandes categorias: a regra de direiro (direitos de propriedade, nível de corrupção); O papel do Estado (a liberdade fiscal, as despesas do governo); A eficácia das regulamentações (a liberdade de inciativa, a liberdade do trabalho, a liberdade monetária); A abertura dos mercados (a liberdade comercial, a liberdade de investimento e a liberdade financeira). Cada um destes dez componentes é medido numa escala de 0 a 100. A nota global do país é uma média das notas dos 10 componentes.}}

Nota:
75,2/100
Posição mundial:
19
Posição regional:
2


 

Classificação do ambiente de negócios

Definição

O ranking de ambiente de negócios mede a qualidade ou a atratividade do ambiente de negócios nos 82 países abrangidos pelas previsões do The Economist. Este indicador é definido pela análise de 10 critérios: o ambiente político, o ambiente macroeconômico, as oportunidades de negócios, as políticas no que diz respeito a livre iniciativa e concorrência, as políticas no que diz respeito ao investimento estrangeiro, o comércio exterior e o controle do câmbio, a carga tributária, o financiamento de projetos, o mercado de trabalho e a qualidade das infraestruturas.

Nota:
7.65/10
Posição mundial:
19/82

Fonte: The Economist Intelligence Unit - Business Environment Rankings 2020-2024

 

Risco país

Consulte a análise de risco do país sugerida por Coface.
 

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Últimas atualizações em Outubro 2023